No último 6
de Novembro de 2014, o Centro de Estudos
Ponle Freno-AXA deu a conhecer seu IX Relatório, que trata sobre ascolisões de viaturas contra animais.
Neste
estudo foram analisados 258.834 sinistros, na Espanha, com garantia de
responsabilidade civil, declarados do 1 de janeiro ao 31 de dezembro do ano
2013, a partir dos dados obtidos pela companhia AXA em Espanha.
O relatório
reflete que un 8% dos sinistros de carro com garantia de responsabilidade civil
atingida produzem-se por colisões contra objetos ou animais (20.970 sinistros);
de eles, aproximadamente o 15% se produz contra animais (3.094 sinistros). Isto
é, 1 da cada 100 sinistros declarados com garantia de Responsabilidade Civil.
O estudo sublinha
que nas colisões com animais se produzirem mais de 90% de lesões que em as
colisões com objectos diferentes aos automóveis.
O 6% das
colisões com animais provoca lesões aos ocupantes das viaturas. Ademais, as
colisões com animais considerados espécie cinegética provocam um mais 7% de
casos com lesionados que nos supostos do resto de animais.
O 61,7% dos
animais implicados num sinistro de auto são animais considerados espécie
cinegética, o que supõe 1 da cada 150 sinistros declarados.
Os animais domésticos
estão implicados num 37,7% dos sinistros com animais e as aves, no 0,6%
restante.
Do
relatório também se desprender que as colisões com animais supõem um 2% sobre
os sinistros afetados pela garantia de Responsabilidade Civil (RC).
Espécie |
Porcentagen de sinistros |
Javali
|
33%
|
Cão
|
30%
|
Corça
|
17,5%
|
Veado
|
4,2%
|
Raposa
|
3,7%
|
Cavalo
|
3%
|
Gato
|
1,6%
|
Vaca
|
1,5%
|
Ovelha
|
0,5%
|
Cabra
|
0,5%
|
Em quanto
às províncias com mais atropelamentos de animais declarados, A Coruña, Burgos,
León e Ourense são as que registam um maior número de acidentes de tráfico nos
que se vêem envolvidos animais.
As 15
províncias com maior número de colisões localizam-se, todas elas, na metade
Norte da Península Ibéria e concentram o 66% dos atropellos de animais em
general. Por outra parte, javalis, corças, veados e raposas são as espécies consideradas
cinegéticas mais afetadas, com mais de 95% do total.
O seguinte
mapa reflete a distribuição dos acidentes por províncias.
![]() |
Número de acidentes com animais declarados em cada província |
No
referente à sazonalidade, os atropelamentos de javalis observam um repunte no
período entre Outubro e janeiro, sendo Girona, Ourense, Barcelona, A Coruña,
León, Lugo e Huesca as províncias mais afetadas.
As colisões
contra veados e corças parecem sofrer um pequeno aumento nos meses de Abril e Maio.
Burgos (com mais de 23%) é a província mais afetada, com o duplo de colisões
que a seguinte, Soria. As colisões concentram-se no período que vai de Agosto a
Novembro, coincidindo com o período de acasalamento do veado.
A corça,
por sua vez , mantém-se mais estável ao longo de todo o ano. Por províncias,
Soria, León, Guadalajara, Lugo, Álava e Coruña têm um comportamento mais
homogéneo.
Finalmente,
nos acidentes contra raposas observa-se um pequeno recrudescimento em Dezembro,
ainda que muito homogéneo durante todo Burgos, Navarra, Múrcia e Zamora.
![]() |
Número de acidentes por espécie e mês |
O CUSTO DOS
ACIDENTES
No passado ano, AXA pagou 1,2 milhões de euros em conceito de reparos pela garantia de
danos próprios ocasionados nos veículos de seus assegurados. O 54% dos sinistros
declarados por colisão contra animais considerados espécie cinegética tinham
contratada a garantia de danos e o 30% tinha afetada a garantia de
Responsabilidade Civil para fazer frente a danos causados a terceiros.
O estudo
conclui que o custo médio dos reparos do veículo implicado é de 1.400€ em
colisões com animais considerados cinegéticos, o que supõe um 32 % de
incremento sobre o custo das colisões com animais domésticos. Estima-se que javalis
e veados geram um custo de reparo de 1.600 euros, aproximadamente um 14% mais
que nas colisões com outras espécies.
RECOMENDAÇÕES
AOS MOTORISTAS
Finalmente,
o relatório realiza uma série de recomendações aos motoristas com o objeto de
minimizar estes atropelamentos e suas consequências.
- Para evitar um acidente com animais, a principal medida que se pode tomar é reduzir a velocidade, o que permite uma maior capacidade de reação ante qualquer imprevisto. As colisões com animais são mais frequentes em noites despejadas e claras e em troços retos e longos, quando os motoristas tendem a aumentar sua velocidade.
- Em zonas nas que há risco de que cruzem animais pela via, convém praticar uma condução defensiva e estar atento a qualquer sinal (movimento, brilho, etc.) que possa indicar a presença de um animal nas proximidades. Convém estar alerta tanto a direita como a esquerda (a tendência natural é se fixar mais no lado direito): os animais podem aproximar-se desde ambos os lados.
- A manutenção em perfeito estado de luzes, para-brisas e escovas limpa vidros e o uso do cinto de segurança são essenciais para reduzir as colisões e suas consequências.
- Se aparecem animais na via ou junto a ela, é preciso reduzir a velocidade para incrementar o tempo de reação e as possibilidades de evitar uma colisão. Convém recordar que o comportamento dos animais nestas situações é imprevisível e que, em muitas ocasiões, os animais se deslocam em grupo.
- Tente não dar guinadas nem fazerem movimentos bruscos: poderá perder o controlo do carro e provocar um acidente ou sair-se da via. Se a colisão com um animal é inevitável, deve-se manter a vista para onde se queira levar o carro (não posta no animal), calcar o travão de forma firme e rápida e tratar de colidir em ângulo (não frontalmente). Justo dantes do impacto, é desejável levantar o pé do travão para reduzir as possibilidades de que o animal acabe por espetar-se com o para-brisa.
- Depois de embater com um animal, pare em quanto seja possível num lugar seguro, fora da estrada, sinalize a parada, comprove o estado do carro e ligue para a Autoridade ou os seus Agentes para comunicar o facto. Nunca se aproxime aos animais feridos. Posteriormente, entre em contato com o seguro para comunicar os danos que tenha podido sofrer o carro.
O seguinte vídeo realizado pelo Centro de Estudios PONLE FRENO-AXA, em Espanhol, resume os principais pontos do relatório.
Más vídeos en Antena3
Sem comentários:
Enviar um comentário